Resenhas

[Resenha] Um Tom Mais Escuro de Magia, V.E. Schwab

Na resenha de hoje venho contar para vocês a minha experiência com o livro recebido em parceria com o Grupo Editorial Record, Um Tom Mais Escuro de Magia. Recebi o livro em promoção à turnê da autora que veio na XVIII Bienal do Livro do Rio para lançar o segundo livro da Trilogia, Um Encontro de Sombras.

“O mundo precisa de equilíbrio. A humanidade de um lado, a magia do outro. As duas existem em tudo o que vive; em um mundo perfeito, existe uma espécie de harmonia, e nenhuma ultrapassa a outra.”

Kell é um dos últimos viajantes – magos com a habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica.

A Londres Cinza é suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco – George III. A Londres Vermelha é onde a vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o bohêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca é um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E, era uma vez a Londres Preta... No entanto ninguém mais fala dela.

Oficilamente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império de Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extraoficialmente, é um contrabandista, atendendo a pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas, que Kell agora conhecerá de perto.

Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal, e então o obriga a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade.

Magia perigosa está a solta, e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.

Confesso que amo livros de fantasia, mas nunca havia ouvido falar da autora e dos livros e admito que me surpreendi positivamente com a leitura. A autora soube conduzir o leitor e guiar a história de uma forma envolvente. Nas primeiras páginas eu já estava morrendo de vontade de continuar a leitura e descobrir mais sobre o mudo fantástico criado pela autora. Achei totalmente original o universo com quatro Londres iguais, mas totalmente diferentes, a história contada sobre o surgimento delas e como cada uma funciona.

 

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Recebi juntamente com o livro, esse chocker lindo no pacotinho que está na foto acima. A pedra preta que veio no pingente tem um significado importante na trama.

A Narrativa é em terceira pessoa e conta com a alternância de pontos de vista da história, hora com a narrativa de Kell, hora com a versão de Lila. Gosto bastante desse estilo de narrativa, pois nos permite ter uma visão mais ampla do acontecido e conhecer melhor os personagens, principalmente em situações em que os dois não estão interagindo um com o outro. O livro também conta com capítulos bem curtos, o que faz com que a leitura flua muito rapidamente. Quando você perceber, você já leu 5 capítulos.

Kell é um personagem legal, mas confesso que me apaixonei pela valentia de Lila. Ela, mesmo sem nenhum poder, desafia os magos mais poderosos com suas habilidades de ladra e assassina, quando necessário. (risos) Ela tem uma personalidade forte e bem delineada pela autora. Kell também possui uma personalidade bem definida e apesar de ser bem sério e centrado, consegue cativar o leitor. Claro que nem tudo são flores e percebi que a autora focou muito em mostrar a personalidade de Kell e Lila, mas nos deixou um pouco distantes de outros personagens importantes como o rei, a rainha e o príncipe Rhy. Também acho que ela deveria ter nos contado mais sobre a história dos irmãos governantes da Londres Branca, Athos e Astrid Dane, pois ambos são ótimos personagens e senti que faltou algo na história deles. Espero que no próximo livro esses e outros personagens tenham uma participação mais ativa na narrativa, com mais diálogos e importância para a trama.

“- A morte chega para todos – disse ela simplesmente. – Não tenho medo de morrer. Mas tenho medo de morrer aqui. – Ela fez um gesto indicando o quarto, a taverna, a cidade. – Prefiro morrer numa aventura a viver sem ter feito nada.”

Outro ponto importante é que o livro termina de uma forma “água com açúcar”. O final é bem fechado, mas não empolga a ponto de fazer o leitor começar o segundo livro imediatamente depois de ler o primeiro.  Quero muito fazer a leitura de “Um Encontro de Sombras”, o segundo livro da trilogia pois gostei do universo da autora, mas não é nada que eu esteja contando os segundos para acontecer. O primeiro livro deixou muitas dúvidas e expectativas quanto ao futuro e o passado dos personagens. Eu tenho uma teoria bem louca, mas possível, sobre a origem de Lila que deixarei indicada no final do post para quem tiver interesse – a teoria contém spoilers, obviamente. Outras perguntas são interessantes e acredito que a autora ainda tem muito material para trabalhar nos próximos livros.

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Indico a leitura para quem gosta de fantasia de boa qualidade e ainda não conheceu a narrativa da autora. Realmente é uma história que vale a pena ser lida.


Se você já leu o livro, grife o próximo parágrafo e leia o Spoiler.

Durante a leitura você deve ter se perguntado porque Lila conseguiu viajar entre os mundos, já que Kell deixa bem claro desde o início que isso é impossível para um não-Antari. Tudo bem, ela tinha a pedra… mas e depois, na volta para a Londres Vermelha? Como foi possível que Lila atravessasse sem a pedra? Daí vem a teoria…Na página 342 temos o diálogo que se segue entre o sacerdote, Mestre Tieren:

“(…)Tieren segurou seu braço. Ele a olho inquisitivamente, como se procurasse por um segredo.

– O que? – Perguntou Lila.

– Como o Perdeu? – Indagou ele.

Lila franziu a sobrancelha.

– Perdi o que?

Seus dedos envelhecidos pairaram sob o queixo dela.

– Seu olho.

Lila tirou o rosto da mão de Tieren e sua mão e foi até o mais escuro de seus olhos castanhos. Aquele feito de vidro. Poucas pessoas notavam. Seu cabelo cobria o rosto, e, mesmo quando alguém a olhava nos olhos, raramente sustentava o olhar por tempo o suficiente para perceber a diferença.

– Não me Lembro – afirmou ela. Não era mentira. – Eu era criança e foi um acidente, pelo que me disseram.”

Sabemos bem que os Antari são reconhecidos por ter um dos olhos totalmente preto. Será que Lila é uma Antari que teve seu olho arrancado para que ninguém descobrisse? O Próprio Mestre Tieren, em outra passagem, diz para Kell que Lila tem um poder adormecido. Acredito, portanto, que essa é uma teoria totalmente possível e eu ADORARIA descobrir que estou certa nos próximos volumes da série. O que vocês acham dessa teoria?


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Até a próxima,


10336SK1490839758GA Autora

Victoria é o resultado de uma mãe britânica, um pai de Beverly Hills e uma educação sulista. Por causa disso, ela é conhecida pelo seu sotaque. Ela também conta histórias, além de amar contos de fadas, folclore e histórias que a fazem imaginar se o mundo realmente é o que parece.


 

FICHA TÉCNICA:

Título: Um Tom Mais Escuro de Magia ( A Darker Shade of Magic)

Autor: V.E. Schwab

ISBN: 978850110666-7

Editora: Record

Ano: 2016

Número de páginas: 381

Área principal: Fantasia, Aventura

Classificação: 4 estrelas-01

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14 comentários em “[Resenha] Um Tom Mais Escuro de Magia, V.E. Schwab

  1. Jéssica que livro mais lindo menina, essa edição está maravilhosa e eu que lá não sou muito chegada em livros de fantasia, tu conseguiste me encantar e deixar-me curiosa para saber mais da história, além disso, que edição fabulosa.
    Beijinhos

    Curtido por 1 pessoa

  2. Olá!
    Eu já tava de olho nesse livro depois de ler algumas resenhas. Eu gosto de fantasia e o mundo mágico é um dos assuntos que mais procuro pra ler.
    Fiquei feliz que vc também gostou do livro isso só me anima.
    Parabéns pela resenha
    Bjs

    Curtido por 1 pessoa

  3. Oiiie!

    Primeiro, que ideia legal para dar spoiler de forma opcional hahahah Segundo, estou com o livro aqui. Comprei justamente porque ela vinha pra Bienal, mas acabou que eu não consegui pegar autografo (fiquei com preguiça de ir para os Jogos Vorazes hahahah Ultimos dias, sabe?)

    Fico feliz que no geral a obra lhe agradou e fiquei mais animada para começar a ler logo 🙂

    Beijos!

    Curtido por 1 pessoa

  4. Oi! Adoro essa ideia de universos paralelos e após ver tantos comentários favoráveis me deixou com vontade de ler.
    Fico feliz com a sinceridade da sua resenha, que apesar de ter gostado, não ficou deslumbrada e comentou sobre alguns detalhes não tão interessantes aí seu ponto de vista.
    Beijo!

    Curtido por 1 pessoa

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